Dos pedaços de mim...

Inteiro.

De pedaço a pedaço
Os cacos espalhados um a um
Na sua ordem grotesca
Houvera em mim imagens de castelos de vidro
Estilhaçados pelas minhas próprias mãos
Com sangue caindo dos cotovelos
Depois vinha a colar cada pedacinho no seu lugar
Reconstruindo meu castelo
Fantasia utópica do meu futuro certo
Então que numa convergência inesperada me vejo
No gesto tão almejado
De morrer
E renascer
Você ali
De forma inusitada
Nunca poderia, nunca poderia reconstruir
Mas com Você eu posso
Que a força do universo nos impulsionando seja testemunha
Da alegria que me dá
Ver que desejar nos guia inevitavelmente
Àquilo que mais desejamos

Que não existe limite para o poder
Verdadeiramente acreditar
Mesmo que seja impossível
Ao rugir do trovão que nos fere
O grito da alma fala mais alto
Alegria de saber que minha alma
Sempre grita com porquê
Sei porque te amo
Sei que é porque você é.
E sem isso não existiria nada
Se existo, existo somente até que me olhe